Assim como a vida real, um filme de surf também guarda inúmeras surpresas. My Escape, de Bárbara Müller, é mais uma dessas histórias que começam com um roteiro definido e, por força do destino, acabam se transformando em um enredo único e repleto de significados.

Dirigido por Bruno Tessari, o filme começou a ser gravado em março de 2023 e tinha como ideia principal ser algo bem local, mostrando as origens da surfista em Balneário Camboriú (SC).

Um mês após o início das filmagens, porém, Bárbara teve uma lesão na coluna que a tirou da água por quase um ano. “Quando eu me lesionei, esse projeto ficou em pausa. Eu queria continuar com a ideia de fazer ele bem local, mas não estava conseguindo voltar a surfar e isso estava me deixando muito pra baixo”, lembra.

O turning point veio quase que por obrigação. Com uma viagem marcada para a Indonésia, Bárbara embarcou sem saber se conseguiria aproveitar as melhores ondas do planeta. Chegando lá, no entanto, ela se viu isolada do mundo, em um barco com grandes amigas e vendo ondas perfeitas quebrarem solitárias. “Foi nesse momento que eu me senti de volta com a instiga do surf. Com aquela vontade de quando eu tinha 11 anos e comecei a surfar”, conta.

O momento mais marcante para a surfista foi a chegada em Thunders, uma esquerda com uma bancada de corais rasa em que ela e as amigas surfaram praticamente sozinhas.

“Eu lembro de quando a gente acordou em Thunders e o mar estava muito bom. Fomos pra água e a gente pegou várias ondas sozinhas. Foi lá que eu senti aquela adrenalina que só o surf passa. Aquela alegria que não tem idade, não tem gênero, é uma sensação única!”

Bárbara Muller, atleta Snapy Surfboards

Uma década de Snapy

A parceria entre Bárbara Müller e o shaper Alexandre Snapy iniciou há mais de uma década, em uma época em que o surf feminino ainda não tinha tanta visibilidade.

Mesmo assim, Snapy e Bárbara construíram uma relação que contribuiu muito para a inserção de mais mulheres no mundo do surf. “O Alexandre abriu muito essa porta para mim e também para as outras mulheres. Ele escuta muito e sempre se preocupou em saber aquilo que era importante para as mulheres no surf”, explica.

Nos últimos anos, a dupla criou o projeto Snapy Girls, que tem como objetivo auxiliar mulheres na hora de escolher o equipamento. Com medidas pré-estabelecidas para diferentes níveis de surf, o projeto traz pranchas coloridas e com um design especialmente pensado para o surf feminino. Para saber mais sobre o Snapy Girls clique aqui.